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terça-feira, 24 de março de 2009

De volta, mas ainda aos poucos

Voltei.

Depois de mais de 3 meses enfurnado no término do mestrado e resolvendo outras quizumbas pessoais esse espaço volta a ter vida.

Ainda não conseguirei manter o ritmo inicial, e já aviso que farei algumas repostagens.

Porém, aos poucos, conforme o tempo for permitindo, eu chego lá.

Para começar leve e de leve, uma tira do Fabio Moon e do Gabriel Bá, óbvio, sobre tempo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Parcos sinais de vida

Queridos, o tempo ainda não entrou em acordo comigo e, ao contrário do que a vã filosofia indica, as "férias" serão um período em que ele, ingrato e cruel, vai me abandonar, como um mal amigo, justo numa hora em que eu preciso tanto...

Mas, para dar sinal de vida, resolvi postar o manjadíssimo vídeo em que o ex- Imperador (já é ex faz tempo, pelo menos no mundo simbólico) George W. Bush quase toma uma sapatada no meio da fuça.
E posto porque existem alguns atos cretinos que eu queria ter coragem, oportunidade e ser insano o suficiente para cometê-los. Mandar duas sapatadas no pior Imperador do Ocidente desde Kennedy é certamente um desses atos.


Em tempo: tenho uma série de posts idealizados para o natal e mais as necessárias postagens dos maravilhosos trabalhos dos terceiros anos. Não sei se terei tempo de fazer isso ainda esse ano. caso não consiga: Bom natal e um 2009 cheio de realizações, saúde e crescimento para todos os companheiros de trincheira na luta por uma vida menos ordinária!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vestidos, primaveras e a beleza das flores nas ruas

Tem algumas pessoas que me fazem sentir uma certa inveja por dizerem coisas de um jeito que eu queria dizer, mas não consigo. Xico Sá é um desses sujeitos e o texto que reproduzo abaixo foi sampleado do seu ótimo O carapuceiro.

O texto fala de uma suposta, e por mim aguardada, volta dos vestidos às ruas. Um dos motivos de eu amar a primavera é que a estação, ao trazer de volta o calor, faz as flores desebrocharem e deixa todos (todas, mas especialmente) mais bonitos. E poucas coisas deixam uma mulher mais bonita e sensual do que um vestido. Pelo menos é isso que eu e o Xico Sá achamos...


OPERAÇÃO VVV -VESTIDO, VERÃO & VINGANÇA


Tubinhos, pretinhos básicos, com e sem alça, os brejeiros de chita. E o tomara-que-caia, amigo, você já testemunhou a queda de pelo menos um desses na vida? É lenda da alta e da baixa costura. Por mais que seque, nunca vi uma peça do gênero promover-nos um alumbramento.
Ei, você ai, de cabelos brancos na fronte do artista, você mesmo, rapaz, deve se lembrar muito bem daquele que Sonia Braga vestia quando escalou o telhado, em Gabriela Cravo e Canela, no tempo em que rolava a novela das dez, recorda?


Alvíssaras, meu camarada, os vestidos voltaram à praça. A vingança. Não que tivessem sumido da história, das ruas, das festas, repartições e firmas. Mas andavam em baixa, suplantados pela praticidade burocrática das Evas modernas e suas calças, suas saias austeras e seus tailleurs, essas peças apolíneas que batem a carteira de Vênus, roubam a alma de Eros...
De tão neoliberais, os tailleurs são capazes de sair sozinhos para o trabalho....


Talvez tenha sido necessário, fazer o quê?, a onda recente de desfiles de moda de Nova York, Londres, Milão e Paris, para alertar para uma necessidade mais do que extremada: o retorno do vestido como peça sagrada e quase segunda pele das mulheres.
Tudo fica mais estranho ainda quando as passarelas começam a entender um pouco os homens héteros. Mas não deixa de ser um ótimo sintoma dos tempos.



Talvez a indústria da moda esteja pagando por todos os pecados anteriores. Redime-se lindamente do quanto enfeiou as belas mulheres.
Nada nos cai tão bem ao desejo quanto um vestido.
Todo homem ama passear com uma mulher com a mais linda dessas peças. Mesmo os mais machões, que fingem ignorar a vestimenta da fêmea _reservando-se apenas a dar chiliques quando as vestes são muitas curtas.
Seja um Versace, que custa os olhos da cara, seja um baratinho de chita.



Homem que é homem, seja de Paris, Nova York ou do sertão dos Cariris, como o meu avô João Patriolino, vai à Maison, às Casas Pernambucanas ou à feira do seu município e traz uma bela peça ou um corte de tecido de presente para a amada. Até mesmo o Fabiano, que mal tinha um cobre no bolso, persona do livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, voltava da cidade com um corte de pano estampado para a sua mulherzinha magra, só o couro e o osso.


Mas mesmo que nos falte a devoção do presente, tudo indica que vocês, belas fêmeas, irão desfilar nos próximos verões com feminilíssimos vestidos.
Será lindo!
Até o velho e bom pretinho básico, que está em voga desde 1926, quando Chanel o desenhou pela primeira vez para a Vogue, agora reaparece revigorado. Percebeu como manjo, Bibi Vestidinho?
V de verão e V de vestido para deixar mais faceiras as gazelas, para dar mais graça às cheinhas, para realinhar a beleza nobre das afilhadas de Balzac...



A peça nos põe, homens de todas as gerações e gostos, mais românticos. O mais tosco dos canalhas sucumbe como um romeiro de joelhos diante da santa.
Se for uma peça que deixe à mostra as saboneteiras, meu Deus, que lindo vexame! E uma mulher com o joelho à mostra... nas cidades mais frias que sempre exigem roupas mais compostas?
Noooooosssssaa!, como diria o velho Costinha.
Ora, você nem carece ser a mais bela por completo, isso é utopia e ditadura de & modinhas, você carece ter apenas uma linda parte pelo todo, como aquela figura de linguagem, a tal da metonímia que aprendemos no colégio.



Mulher é parte pelo todo. Uma linda omoplata, um pescoço, ombrinhos, pés, calcanhares mais lindos, batatas de pernas invejáveis, belos braços...
Aí ficará ainda mais linda de vestido, ao contrário das calças e outras tantas armaduras medievais que escondem o que nos enlouquece, o melhor dos nossos mundos.
Esconder, achando que pode ser vantajoso depois, é besteira. O charme é mostrar-se, ter a coragem, mesmo com o que você supõe ser uns quilinhos a mais. Na balança das nossas retinas e trenas, isso pode ter importância de menos, quase nada, alguns gramas de preconceito e baitolice na cabeça de homens que já não valiam a pena mesmo.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Homenagem aos professores

Sampleado do TKGEO

Por: Thiago Koutzii

Buenos chicos y chicas, estou pensando no que postar sobre os dias dos professores desde sexta feira, algo que não pareça nem com heroísmo e nem com vitimização.Não achei nada ideal até agora, então, para iniciar os festejos, seguem imagens do que eu acho importante para nós professores, que evidentemente, não se restringem aos que estão na sala de aula.

Mais um elo da corrente.


Escaladores de paredes.


Usam ou deveria usar lentes coloridas para ver/mostrar o mundo.


Pacientes.


Semeadores da discórdia.


Duas férias no ano.


Estimuladores de sonhos.


Guerreiros.


Fazedores de som.


Tendo muito que aprender.


Estabelecer novas e variadas conexões.


Vida loka.


Atormentar quem merece.


Criadores de suspense.


Levando a vida e os motivos pelo qual lutamos por ela, por um fio.




Bom Dia dos Professores e parabéns a todos que fazem de suas profissões/vidas um instrumento de luta para uma vida menos ordinária!

É tudo nosso!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mais sobre "Ensaio sobre a cegueira"


O Uirá, companheiro de trincheira na batalha por uma vida menos ordinária, me arrumou essa crítica do filme "Ensaio sobre a cegueira", feita pelo ótimo Contardo Calligaris.

O que mais me chamou atenção no texto é o questionamento que ele faz: "Você, se, por uma misteriosa epidemia, o mundo ficar cego, se o reino da lei acabar e começar a idade da luta pela sobrevivência, de que lado estará? Do lado dos que inventarão novas formas de abusos ou dos que descobrirão novas formas de respeito e de vida comum? Uma vez perdida a visão, o que você enxergará no seu vizinho: mais uma mulher para estuprar e um otário para explorar ou um irmão, perdido que nem você?" Eu ainda acrescentaria outro na lista dos questionamentos importantes que o filme/livro sucita: se por um determinado momento ninguém pudesse ver o que você faz, como você reagiria? Com escolhas que consideram o bem estar alheio ou com desprezo aos outros frente a impossibilidade de punição ou julgamento externo?

O mais importante de tudo isso não é nem o grau de honestidade que você tem/pode ter ao responder essas questões. Mas sim, como você reage ao mundo que enxerga...

Por exemplo, quando escolhe sua profissão leva em consideração alguma forma de luta por uma vida menos ordinária, ou só se preocupa mesmo com o quanto de dinheiro e sucesso pode arrecadar?

Vale lembrar que o desprezo pelo outro que você eventualmente sente é o mesmo que os integrantes da ala 3 sentem, ou o ladrão que quer seu carro/tênis/dinheiro... É por isso que vale repetir a pergunta:

De que lado você samba?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Para curtir um bode em plena sexta...


Essa semana está meio cinza, apesar da chegada da primavera. Não gosto de fugir de momentos tristes. Acredito que um pouco de sofrimento é necessário para nos apurarmos mais. A alegria não faz a gente pensar em nós mesmos, nas nossas escolhas etc.

Por isso quando essas fases vêm, eu as encaro e vivo-as intensamente. Acho que por isso fui ver Ensaio sobre a cegueira. Sabia que sairia do cinema mais triste...

Enfim, é nesse clima de crescimento interno (doloroso como todo crescimento) que deixo recomendado o ótimo Gotan Project. É mais uma das preciosas dicas musicais de meu irmão nômade Bus, que depois de passar 30 meses no Recife e breves 4 aqui em SP embarca para mais 24 meses na fria e distante Alemanha. O pior é que se arrumar grana vou pra lá passar frio (que eu odeio!).

É isso moçada. Baixem o disco e guardem para ouvir em momentos de valorosa, sadia e necessária introspecção.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sobre homens, baratas e filmes imperdíveis...

Fui ver Ensaio sobre a Cegueira. Para quem já leu o livro o filme perde um pouco o impacto, mas não deixa de ser maravilhosamente perturbador. Assistam, ou se prefirirem, leiam o livro.

Vi numa entrevista que algum amigo do Fernando Meirelles ao ver o filme comentou a imensa semelhança que temos com as baratas. Como elas, somos capazes de nos adaptar a novas realidades quase que alheios a toda escalada de barbárie que vivemos. Ao ver a entrevista, lembrei do Kakfa (aproveitem queridos essa é preciosa: "A Metamorfose" do Kafka, na íntegra aqui.) e de seu Gregor Samsa que ao negar a virtude suprema de nossa sociedade capitalista-produtiva e recusar-se a trabalhar vira uma barata!

Lembrei também daquele vídeo do youtube, que eu reposto abaixo, em que o Meirelles mostra o filme para o Saramago pela primeira vez (aqui para a história contada pelo Meirelles desse episódio) e que eu me emociono toda vez que eu vejo... e morro de inveja dos dois...



Depois do filme, pensei que a luta por uma vida menos ordinária é árdua, ingrata às vezes, mas que por mais que as situações mudem, uma coisa não muda: as pessoas do bem não tem outra coisa a fazer a não ser resistir e lutar.
Morro de medo de "ficar cego" e ver a emboscada em que estamos metidos. Mas sei, sem falsa modéstia, que independente do mundo que vejo (procuro sempre ver coisas melhores para me dar ânimo), sambo do lado de gente como o Meirelles e o Saramago na luta por uma vida menos ordinária... E você, samba do lado de quem? Em que ala ficaria? Que sacrifícios está disposto(a) a fazer por um mundo melhor?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Saudação a Primavera




Hoje, dia 22, exatamente às 12:44 começou a Primavera.
Alegria. Vida. Cores. Flores...
É a minha estação preferida (embora o verão tb me agrade muito).



Espero de coração que tenhamos todos uma ótima Primavera, onde nossos sonhos desabrochem e como a estação, façam do mundo um lugar mais bonito e agradável de se viver!



Pra finalizar a homenagem a mais bela das estações do ano, deixo uma estrofe de um samba antigo do grande Nelson Sargento:

"Ó primavera adorada
Inspiradora de amores
Ó primavera idolatrada
Sublime estação da flores"

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Curso de escutatória

Dica do Uirá, companheiro de trincheira na luta por uma vida menos ordinária...

Autor desconhecido (por mim, pelo menos)

"Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. ... Escutar é complicado e sutil, diz Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa) para quem "não é o bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. . . É preciso também não ter filosofia nenhuma". Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro:

-Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...



Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.
Na nossa civilização, se eu falar logo e logo a seguir fico em silêncio, são duas as possibilidades. Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado". Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou". Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio, na verdade deve querer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto."

Confesso que sou um dos muitos que precisa aprender a ouvir...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sinal dos tempos

Sampleado do TKGEO


Tá certo que já não sou mais nenhum adolescente, mas é incrível que essas autênticas geringonças sejam bem mais novas do que eu...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sobre desigualdade social

Esses dois vídeos (um continuação do outro) são para mim muito significativos.

Primeiro por que mostram que quando querem os jovens são capazes de produzir coisas muito boas.

Depois por que me fazem ter orgulho de ser professor de adolescentes tão bacanas quanto a Isa Ferreti, a Julia (ambas do 3º ano), a Fabiana e a Bianca (que nos abandonaram, mas ainda moram no meu coração...).

Tem também o fato que para além de retratar/denunciar a questão da desigualdade o vídeo apresenta de verdade os personagens, com uma profundidade que não é comum nem em programas de TV. A forma com que a Bianca e a DuCarmo se tratam mostra o carinho e o respeito que uma tem pela outra, principalmente a Bianca por ela, afinal a DuCarmo é mais velha e é assim que tem que ser (até uma bronquinha a Bianca toma no vídeo!). O garoto que faz o contraponto com ela também se expõe de uma forma que poucas pessoas tem coragem.

Enfim, um trabalho de primeiríssima qualidade que há tempos eu esperava oportunidade de publicar aqui. Ainda bem que as meninas deram a brecha. E, sem puxação de saco, esse dá de dez no daí de cima hein?



sexta-feira, 15 de agosto de 2008

E por que hoje é sexta...

Sampleado do TKGEO

Por Thiago Koutzii

"Caros, nessa sexta feira a indicação é preciosa e mais ainda, estratégica, exata e precisa. As moças certamente gostarão, se é que já não conhecem. Mas os rapazes, para otimizarem seu rendimento no papo com as moçoilas, devem baixar e depois, quando tudo já parece certo e definido, dê o play, surpreenda e colha os frutos. É o som mais afrodisíaco do planeta.
Carla Bruni é um azougue! Um fetiche ambulante. Além de absurdamente linda, o que já é uma ofensa e uma tentação aos casados de bem, ela é italiana, mas sussura em francês. Pense numa galega que largou a vida de modelo para borboletear em francês (eu não faço a menor idéia do que ela diz em suas letras, mas tanto faz), levando e criando vontades aos ouvidos incautos e distraídos. Um verdadeiro disparate.
Aqui, ela no myspace, pra você dar um confere antes de baixar. Aqui para baixar disco em francês e aqui um outro em inglês.


(Carla ao vento, no papel de frescor vespertino sexy "não estou nem aí pra essas coisas")

Outra opção para o mesmo momento a sós com aquilo (aquele/aquela) que justifica sua respiração, é o Gotan Project. Menos fetichista, mas absurdamente conveniente, o grupo de franceses e argentinos recriaram o tango na mistura com dub.Baixe Gotan e pague(?) pra ver!"



Obs: A primeira vez que ouvi Carla Bruni foi na casa do meu pai. Estava rolando um jazz maravilhoso, com uma voz cantando baixinho (não gosto de quem canta gritando, nem James Brown, nem Elis, nem nada) e eu perguntei o que era. Aí ele respondeu: É a mulher do Sarkozy (presidente da França). Fui pegar o encarte para ver a cara da fulana e dei de cara com ela, num vestidinho mais fresh que o da foto acima, absurdamente sensual. Não pude deixar de sentir inveja.

sábado, 9 de agosto de 2008

Orgulho de ser humano

Não sou propriamente um otimista em relação à raça humana. Como já escrevi aqui acho que seremos a primeira espécie do mundo a causar a própria extinção.

Por outro lado fico bem contrariado quando ouço aquela ladainha de que "antigamente era melhor". Fico me perguntando: antigamente quando? Quando as mulheres não podiam escolher seus maridos? Quando professor batia em aluno que falava em sala de aula? Quando mais da metade da população brasileira era anafalbeta? Quando havia escravidão?...


Uma das coisas que mais me anima é a forma com que somos capazes de reconstruirmos (para melhor) o mundo e nós mesmos a partir de nossa história. É a capacidade que temos de (re)produzir música, dança, costumes, enfim, cultura.

E quando fazemos com que a tecnologia nos auxilie nesse processo somos capazes de inventar coisas maravilhosas como o Musicovery!!

Essa que já é para mim uma das maiores, melhores, mais importantes e mais legais invenções do mundo é uma espécie de árvore genealógica da música ocidental. Você escolhe um gênero musical, uma década e o site te dá uma lista enorme de referências cruzadas daquele tipo de música! É sensacional! Bom para fazer pesquisa, para ouvir tipo rádio, para se divertir sem comprometimento....


Hoje fiquei orgulhoso (e feliz) de ser humano, apesar de todos os pesares.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sobre burrices e covardias

Eu sou um sujeito covarde e burro, mas sou também cara-de-pau e admito (boa parte das) minhas inseguranças e de meus medos.
Como muitos devem saber, sábado agora foi o dia da "Pedalada dos Pelados" ou World Naked Bike Ride (WNBR) no mundo todo. A idéia é chamar a atenção para as dificuldades encontradas pelos ciclistas nas movimentadas ruas das grandes cidades do mundo. Para quem gosta do tema, não deixe de visitar esse blog.



A questão é: eu apoio totalmente a causa e a forma de luta (pacífica, criativa, lúdica...) mas por medo e vergonha não fui. Tudo bem que nem estava em SP, mas não teria ido. Ocorre que a manifestação foi parar na delegacia. O motivo oficial: Não pode. É contra a lei. É atentado ao pudor.

Como o Eremildo, o idiota (personagem criado nas colunas de Élio Gaspari), fico me perguntando como pode ser um atentado digno de detenção (um cidadão foi preso!) pedalar pelado para pedir mais ciclovias e respeito aos ciclistas, enquanto insinuação de sexo para vender cerveja (que causa inúmeros acidentes de trânsito) pode, programa infantil que erotiza criança de manhã, pode também. Ou o que é pior, matança generalizada e violência na TV pode qualquer hora, mas nudez e sexo são tidos como atentados ao pudor...

A nudez não pode por ser alusiva ao sexo. Idiota que sou fico me perguntando como a violência pode ser menos agressiva do que a busca por um prazer compartilhado, um ato de carinho, ou de amor até? Onde foi parar o pudor dos policiais que prenderam o ciclista nu? Como diz o slogan da manifestação: indecente são as 3500 mortes de ciclistas por ano em SP.

Espero que no próximo ano eu esteja menos covarde e participe, por que a chance de eu estar menos burro e entender esse tipo de coisa é muito pequena...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Na luta por uma vida menos ordinária

Eu quero acreditar que todo mundo já sonhou em fazer de sua passagem pela Terra algo que melhorasse a vida das pessoas. Eu tenho a sorte de estar rodeado por pessoas que continuam se preocupando com isso, e estão na batalha para fazer da sua e vida e da dos outros algo mais digno e louvável.

Muitos de meus amigos escolheram trabalhar com educação por acreditar que dessa forma podem fazer da sua vida e, pretenciosamente, da vida de alguns de seus alunos algo menos ordinário e acomodado. Outros escolheram a arte, outros ainda o comércio, enfim, cada um com suas armas, seja com um computador, sua voz, uma câmera fotográfica, seu conhecimento, ou um sabre de luz, todos lutam mantendo sua integridade e se preocupando com algo mais do que seu próprio umbigo.


Embora imagine, não tenho muito certeza quais são as maiores recompensas que os profissionais que não trabalham com educação podem receber. Para um professor posso afirmar que é o retorno diário de seus alunos e o crescimento de que somos testemunhas. Mas também (e talvez mais ainda) o reconhecimento de que sua passagem não foi em vão. De que a semente plantada ainda vive nos corações e nas mentes de alguns de nossos ex-alunos.

Abrir esse blog me trouxe esse retorno de três pessoas muito especiais a quem dedico esse post: Natalia Pesciotta; Anna Carolina Francisco; e Thais Terpins. Pessoas que ao seu jeito seguem na luta por uma vida menos ordinária, e a quem agradeço de coração por fazer da minha uma vida menos ordinária. (Os links dão nos blogs das moças. Valem a visita para quem usa a Internet como algo que faz ganhar tempo ou gastá-lo com coisas boas e enriquecedoras)

(clique na imagem que dá pra ver melhor)

Um muito obrigado a elas e a todos que têm visitado o blog com fome de mundo, mantendo-o e alimentando-o. Pois esse espaço só sobrevive graças a sua fome. Sem ela, ele morre de inanição.

domingo, 1 de junho de 2008

A justiça tarda, mas não falha

Sampleado do kibe loco

O empresário americano Lou Pearlman, criador de grupos musicais como 'N Sync e Backstreet Boys, foi preso. O meliante foi condenado a 25 anos de prisão pela Justiça dos Estados Unidos. Tá certo que a condenação não é pelo crime contra a humanidade de ter lançado tais grupos, mas a justiça foi feita.


É verdade meus queridos, é só clicar no link. Mas não adianta comemorar, pois os ouvintes (não seriam surdos???) fãs dos grupos continuam a solta escutando drogas tão ou mais perigosas, e o que é pior, sem fone de ouvidos...

Particularmente, eu acho pouco. Penso que o sujeito deveria ser condenado a ouvir suas criações o resto da vida. E nos intervalos entre um disco e outro, gritos agudos e deseperados das fãs do tipo: "I love you!!!"

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O Pagador de Promessas

Sempre achei meio idiota esse negócio de apostar de vestir a camisa de outros clubes, afinal qual a vantagem de ver um cidadão palmeirense ou corinthiano ter a honra de vestir o manto do Maior de Todos, por exemplo?
Por outro lado, o que poderiam pensar de um TRIcampeão do mundo vestindo as camisas (ainda que bonitas) de Corinthians e Palmeiras?


Ano passado fiz a besteira de apostar com o Guilherme Mil, um santista, quem ia mais longe na Libertadores. Resultado: tive que vestir a camisa do Santos e cantar o hino na cantina do colégio...
Não satisfeito, esse ano apostei que o Maior de Todos passaria por cima do Flu (aliás falava isso pra todo mundo, numa confiança que só os ignorantes são capazes de ter).

O resultado está aí embaixo. Na primeira foto, eu com cara de besta e o Rafael Faria, o vitorioso.



Na outra, envelhecida pelo envelhedor de imagens, eu e o Djalma (zagueiro de classe e raça, irmão mais velho do Aloísio, saiu do nordeste com o sonho de jogar no Fla, virou são-paulino e tomou um sacode do Flu...).

quarta-feira, 28 de maio de 2008

duas pessoas, um fã, emoção e uma boa inveja

O emocionante vídeo aí de cima é o final da apresentação de Ensaio sobre a Cegueira, recém transportado para o Cinema pelo Fernando Meirelles (Cidade de Deus, Domésticas, Palace II, O Jardineiro Fiel..)

Eu gosto muito de todos os filmes do Meirelles que eu vi (esses 4 aí citados), e admiro demais o Saramago (para os infiéis, o Saramago é o velhinho da esquerda).

A cena, emocionante, com um Meirelles assumidamente inseguro, me deixou com inveja. Uma boa inveja. Do Saramago por ser o escritor maravilhoso e reconhecido que é que se sentiu devidamente homenageado com a obra. E do Meirelles por ter emocionado o Saramago e ouvir o que ele ouviu. Eu daria muita coisa para ser qualquer um dos dois naquele momento...