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terça-feira, 31 de março de 2009

Lições de cidadania

Em uma cidade onde os carros mandam e obedece quem tem juízo, nenhum carro é mais poderoso do que uma viatura de polícia (bem, os carros forte também são imperadores, mas falemos deles noutra oportunidade).

O post abaixo foi sampleado do Panoptico, companheiro de trincheira contra a carrocracia e por uma vida menos ordinária.


Para PM estacionar na rampa de deficientes é normal





Assim como todos os motoristas de São Paulo, os policiais motorizados da cidade estão sempre procurando uma vaguinha para estacionar suas viaturas.

O “procedimento padrão” é estacionar sobre a calçada (com a frente para a rua - para “evacuar” rapidamente em caso de ocorrência) e ficar ao lado da viatura assistindo aos pedestres desviarem do carro.

Na imagem acima, a rampa de acesso à calçada, construída para facilitar a vida de cadeirantes e pessoas com dificuldade de deslocamento, pareceu ao policial um ótimo local para estacionar.

Como cobrar direitos rotineiramente na nossa cidade, se a cada poucos quarteirões vemos as autoridades policiais desrespeitando não só direitos mas regras de bom senso elementares?
Já quando se trata de defender o direito de circulação de veículos,

a história é outra.


Que pelo menos as calçadas sejam para as pessoas não deveria ser pedir demais né? Mas é...

terça-feira, 24 de março de 2009

Na luta contra a carrocracia

Ok, o ano já começou faz tempo até pra quem acha que ele só começa depois do carnaval.

Mas nesse espaço o ano acaba de começar. E escolhi como assunto principal, pelo menos até segunda ordem, a luta contra a carrocracia (o poder dos carros) que domina nossas áreas urbanas.



A escolha de viver em uma cidade mais agradável certamente passa pelas prioridades que escolhemos para nossos espaços públicos. E São Paulo, como várias outras cidades do país modela seus espaços para os carros. Pedestres, ciclistas, usuários de transporte público, crianças, deficientes, idosos, esportistas... Todos devem se render aos carros. Sair das ruas. Trancafiar-se em casa ou em condomínios, e comprar um ou mais carros. Só assim podem exigir prioridade, como fazem diariamente motoristas insanos, madames, playboys e outros tipos de pessoas habilitadas a dirigir e que possuem uma máquina de 2 toneladas para andar a velocidades por demais perigosas...

É hora de dar um basta. Vamos reocupar as ruas!



Como diz o companheiro de trincheira Bus, do cambaleante TKGEO:

Vamoquevamo que É tudo nosso!


obs: A charge é do Rafael Sica, o monstro do cartum silencioso!
obs2: A de sempre, clique na imagem que dá pra ver melhor.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Parcos sinais de vida

Queridos, o tempo ainda não entrou em acordo comigo e, ao contrário do que a vã filosofia indica, as "férias" serão um período em que ele, ingrato e cruel, vai me abandonar, como um mal amigo, justo numa hora em que eu preciso tanto...

Mas, para dar sinal de vida, resolvi postar o manjadíssimo vídeo em que o ex- Imperador (já é ex faz tempo, pelo menos no mundo simbólico) George W. Bush quase toma uma sapatada no meio da fuça.
E posto porque existem alguns atos cretinos que eu queria ter coragem, oportunidade e ser insano o suficiente para cometê-los. Mandar duas sapatadas no pior Imperador do Ocidente desde Kennedy é certamente um desses atos.


Em tempo: tenho uma série de posts idealizados para o natal e mais as necessárias postagens dos maravilhosos trabalhos dos terceiros anos. Não sei se terei tempo de fazer isso ainda esse ano. caso não consiga: Bom natal e um 2009 cheio de realizações, saúde e crescimento para todos os companheiros de trincheira na luta por uma vida menos ordinária!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Drogas e normalidade na atualidade

O tempo segue correndo e me abandonando, assim não tenho como manter o ritmo e a qualidade das postagens, além de não conseguir cumprir promessas como as postagens com os maravilhosos países criados pelos alunos do terceiro...

Nos últimos dias encontrei duas coisas que me fizeram pensar sobre a forma com que nossa sociedade impõe uma normalidade "feliz" e usa as drogas para isso (especialmente as legalizadas e "medicinais", é bom que se diga...).
A primeira foi essa tirinha do absurdamente sensacional Rafael Sica.


E a outra, que achei no Curto e Grosso, foi essa animação sobre como seria se o Calvin existisse na vida real. Tristemente verdadeiro.



Ainda para pensar nessa relação normalidade x imposição de felicidade x uso de drogas fica a recomendação do ótimo filme "Requiém para um sonho" do Darren Aronofsky.
Além, é claro do obrigatório "Admirável mundo novo" de Aldous Huxley.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"O que você vai ser quando crescer?"

Eu sei que estou devendo parte do gabarito do simulado interno. Mas perguntas são sempre mais importantes do que respostas...

Como você associa seu discurso a prática?


Procura igualar suas falhas a dos outros ou diferenciá-las?

Afinal: De que lado você samba? De que lado você vai sambar?



Obs de sempre: clique na imagem que dá pra ver melhor.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Direto da trincheira...

... da luta por um mundo menos ordinário...



... Até a vitória, sempre!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Livros de primeira às segundas

Certa vez, Tom Jobim se referiu a Chico Buarque como "gênio da raça (humana)". Impossível discordar do maestro, como também é impossível não incluí-lo na lista de pessoas que engrandecem a raça humana e nos enchem de orgulho de sermos humanos.

Fernando Pessoa é outro desses gênios (talvez o maior da língua portuguesa), e tudo o que ele escreveu vale a pena, até porque, como ele nos ensinou "tudo vale a pena se a alma não é pequena".
O vídeo aí debaixo é uma interpretação do "Poema em linha reta". Eu acho que é o Jô declamando, mas tudo bem, está legal mesmo assim. "Ah, eu, tantas vezes vil..."


Para comprar "O livro do desassossego" (onde tem esse poema) na Cultura, clique aqui. Para comprar o cd com interpretações do Paulo Autran (esse é demais queridos, não percam!) com o "poema em linha reta" e outros, clique aqui.

Semana que vem coloco um Vinícius para ajudar os meninos a encantar as cabrochas por aí...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

"O que vai ser quando crescer?"

Dando continuidade à série de tiras (em homenagem aos vestibulandos do Domus) para pensarmos nas escolhas que fazemos da e na nossa vida (profissional), mais uma do Dhamer.


E aí? De que lado você samba? De que lado você vai sambar?

Obs. de sempre: clique na imagem que dá pra ver melhor.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Para refletir sobre as campanhas publicitárias dos candidatos no Brasil

Sampleado na íntegra do blog do Tas

Por: Marcelo Tas

O blog da filha do McCain



Sim, ela é loira e inteligente. E também gordinha, sexy e sirigaita: uma espécie de Branca Gil norte-americana. Porque ela é Meghan, filha do "cumpanheiro" John McCain, candidato a presidente dos EUA. A mocinha está na estrada com o candidato desde o início da campanha. Junto com dois amigos, produz videos e textos para um blog de apoio a papai, evidentemente.


Alguns vídeos bem bizarros como o acima, que mostra ex-veteranos de guerra, hoje motociclistas que saúdam o candidato roncando os motores de suas possantes motobikes.Blogette é nome do blog e vale uma visita. Lá tem coisas que duvido você veria numa campanha brasileira, totalmente dominada por marketeiros e paranóia: como essa foto de mamãe McCain em roupão de banho vendo a filha blogar direto do quarto do hotel.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Arte, intervenção urbana e apropriação do espaço


Na semana passada um grupo de pesoas que se intitulam Grupoarac, fez uso de sua criatividade e cidadania e apropriou-se de um espaço vazio da Bienal, colando uma série de stickers nas paredes internas do prédio (clique aqui para matéria da Folha). Domingo, numa ação mais incisiva, o mesmo andar prédio foi pichado. O "sticker" é um tipo de intervenção urbana, como o grafite, que ganhou as ruas de São Paulo, especialmente a região da rua Augusta, há cerca de quatro anos. Feito de papel adesivo ou comum, os "stickers" trazem desenhos de seus autores e estão espalhados por outras metrópoles.


Outra forma de apropriação do espaço com cores e tintas é o stencil (aqui para a página stencilbrasil, com várias imagens de stencil pelo Brasil).


Não vem ao caso se você gosta de um trabalho e não de outro (eu gostei dos stickers, mas não da pichação). Ou mesmo se acha tudo feio. A questão é que essas pessoas não aceitam deixar a cidade ao 'Deus dará', ou apenas nas mãos dos governantes e da iniciativa privada. Eles sabem que a cidade é sua também e como verdadeiros donos do território o decoram e utilizam da forma que lhes parece mais adequada. Sem fazer uso de violência e provocando (ou tentando) uma reflexão coletiva sobre o uso de nossos espaços públicos, esses companheiros de trincheira sabem que, quer queiram, quer não, quer gostem quer não: É TUDO NOSSO!!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Livros de primeira às segundas

Mais uma vez, confesso que não li a obra de hoje. Mas certamente farei em breve, pois até já comprei meu exemplar...

O livro de hoje é "O Presidente Negro" um romance de ficção científica de 1926 escrito por ninguém menos que Monteiro Lobato. O clipe aí debaixo é um dos mais legais que já vi e conta com uma música bem bacana da banda Cansei de Ser Sexy. Como toda boa ficção científica o livro tem umas visões um tanto proféticas...


E aí? Vai continuar só no Harry Porter ou vai dar uma chance para um grande escritor brasileiro? Para adquirir seu exemplar pela livraria Cultura clique aqui.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"O que você vai ser quando crescer?"

Essa série de postagens com tiras é dedicada aos alunos vestibulandos do Domus.

A questão "vai fazer o que da vida?" vai muito além da escolha da profissão/curso universitário, até por que todos estamos escolhendo o que fazer da vida diariamente. Trata-se sobretudo de escolha de prioridades, que são guiados por valores. O que você está valorizando ao escolher suas prioridades? Que tipo de mundo essas suas escolhas ajudam a construir? Como você toma suas decisões?

É a velha e ótima pergunta de sempre: De que lado você samba?
De que lado você vai sambar?

A primeira postagem da série vem generosa. Uma trinca de tiras dos craques: Rafael Sica, André Dahmer, e Laerte.









Bom fim de semana a todos.

Questiono, logo existo

Mais uma sexta-feira. Se para alguns isso é sinal de tempo para fazer as coisas, eu, infelizmente, não reparto desse delicioso sentimento. Semana de correria total sem perspectivas de melhora até, sei lá, julho do ano que vem...
Assim, para manter o mínimo de regularidade, sigo sampleando meus mestres e me aproveito mais uma vez do generoso arquivo do TKGEO.

A dica dada pelo companheiro de trincheira radicado na Alemanha é “O homem Urso”, documentário dirigido por Werner Herzog. Trata da empreitada de Timothy Treadwell, que ia para o Alasca no verão a fim de proteger e viver com os ursos, e acaba sendo comido por um após 13 anos de idas e vindas. É amigos, é Alasca não Animal Planet. Ou como ensinam Os Racionais: "Aqui é Capão Redondo, truta, não Pokémon".


Polêmicas a parte, o filme tem 3 pontos fundamentais. 1- O papel dos ecologistas e as formas de lutas; 2- A tênue diferença entre idealismo, loucura e inocência da parte de Timothy. Enquando ele falava para sua própria câmera, transparece uma candura poucas vezes vistas, parecia um anjo ensandecido, cheio de razão e intoxicado com doses cavalares de bondade. De fato, emocionante; 3- para quem gosta de cinema, vale a pena refletir em como o diretor conduz a imagem do Timothy, deixando o espectador sem saber se o cara é louco, idealista ou ingênuo.


A história de Timothy deixa alguns questionamentos. Certas perguntas são tão pertinentes que resistem ao tempo. "De onde viemos? para onde vamos?" e outras trancendentais são algumas delas. No entanto a que tem mais me atormentado (e parece que a banqueiros, especuladores e outras aves de rapina perdidas na crise financeira) ficou famosa há pouco mais de um século, no título de um livro de um homem que pretendia mudar o mundo e para isso adotou o codinome de Lenin.
Sua questão continua sem reposta e é repetida por vários companheiros de trincheira na luta por uma vida menos ordinária:

"O que fazer?"

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Livros de primeira às segundas

O livro de hoje é o primeiro aqui nesse espaço que eu não li. Mas como é de contos, e de um autor que vale conhecer, faço a indicação.
Acho que uma boa forma (embora muitas vezes impossível) de se familiarizar e gostar de um autor é começar pelos seus contos. Machado de Assis por exemplo, só começou a me fascinar com "O Alienista".
A indicação de hoje é "Menina a Caminho" do Raduan Nassar. A curiosa e improvável história desse escritor de origem libanesa é contada no clipe, mas, certamente é uma leitura para quem não tem medo de olhar para um livro e, mais do que palavras, encontrar reflexos do mundo e de si próprio...



Gostou? Quer comprar? Clique aqui para comprá-lo pela Livraria Cultura.

domingo, 19 de outubro de 2008

Pacote de salvação dos bancos e ingenuidades

Eu sei que se deixássemos os bancos quebrarem, todos sofreríamos demais, a miséria provavelmente aumentaria etc...
Mas, não consigo me conformar que de uma hora para outra surgiram trilhões, repito amigos, trilhões de dólares para salvar bancos que simplesmente quebraram por estimular e viver numa ciranda financeira irracional e que não trouxe maiores melhorias de vida para o grosso da população mundial.

Vale dizer que não acredito em cálculos simplistas que algumas ongs e até a ONU às vezes soltam sobre quanto seria necessário para acabar com a fome no mundo. Porém, como pode tamanha agilidade num caso e morosidade no outro? É esse o centro da indagação do texto do Neto, que achei no blog do Tas e reproduzo abaixo, e de certa forma é também o assunto da tira do ótimo Dhamer.


Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em
Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se
sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o
problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em
nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Homenagem aos professores

Sampleado do TKGEO

Por: Thiago Koutzii

Buenos chicos y chicas, estou pensando no que postar sobre os dias dos professores desde sexta feira, algo que não pareça nem com heroísmo e nem com vitimização.Não achei nada ideal até agora, então, para iniciar os festejos, seguem imagens do que eu acho importante para nós professores, que evidentemente, não se restringem aos que estão na sala de aula.

Mais um elo da corrente.


Escaladores de paredes.


Usam ou deveria usar lentes coloridas para ver/mostrar o mundo.


Pacientes.


Semeadores da discórdia.


Duas férias no ano.


Estimuladores de sonhos.


Guerreiros.


Fazedores de som.


Tendo muito que aprender.


Estabelecer novas e variadas conexões.


Vida loka.


Atormentar quem merece.


Criadores de suspense.


Levando a vida e os motivos pelo qual lutamos por ela, por um fio.




Bom Dia dos Professores e parabéns a todos que fazem de suas profissões/vidas um instrumento de luta para uma vida menos ordinária!

É tudo nosso!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Uma cidade melhor não privilegia os carros

Para tornar o espaço urbano um local que facilite a busca da pessoas pela felicidade é necessário que a cidade se torne um local agradável. Para isso é preciso que ele seja projetado para isso: para ser agradável, e não para ser estressante, produtivo, rápido ou qualquer outra coisa que não seja agradável, e ponto. É sintomático, por exemplo, que tantos moradores de São Paulo não gostem da cidade. Nossa cidade é projetada (?) para facilitar a circulação de pessoas e mercadorias e não para ser agradável. Resultado: é uma cidade desagradável.

No meu entender, a principal razão disso é que São Paulo, como quase todas as grandes cidades do Brasil e do mundo, coloca como prioridade na constante reformulação de seus espaços, os automóveis. Nossos dois maiores rios, por exemplo, que poderiam ser os locais mais agradáveis da cidade, fonte de lazer popular e democrático são esgotos a céu aberto e, principalmente, as principais artérias de transporte rápido e individual da cidade.



Um espaço urbano que privilegia automóveis não é um local que faça bem para as pessoas. Elas vivem cansadas, estressadas, insatisfeitas e fora de forma! É o que mostra o gráfico abaixo, sampleado d'O Escriba.



A mudança desse estado de coisas pode muito bem começar por você, se apropriando do espaço público como sugeri num post passado, deixando o carro de lado e usando mais seu corpo para se locomover. Acredite: o que parece longe e íngreme hoje, vai parecer perto e uma subidinha leve amanhã. E o que é melhor: a calça que parece apertada hoje, via lhe cair muito bem amanhã...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Livros de primeira às segundas

Hoje deixo para vocês um dos livros que mais marcou/marca a minha vida, o imperdível "A Metamorfose", do inigualável Kafka. Acho que o clipe deixa a desejar, mas é que o livro e o autor são tão grandiosos que fica difícil.
A idéia de fazer o clipe em HQ é boa, pois o livro tem imagens muito fortes. Agora para ficar a altura da empreitada só o Frank Miller mesmo...



Mais uma vez, para comprar agora mesmo (edição Cia das Letras) clique aqui.
Se quiser tem também para baixar em PDF aqui.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A cidade é para pessoas ou É tudo nosso!

Continuando nossa série sobre a melhor utilização do espaço urbano, faço um lembrete óbvio, mas absolutamente necessário: a cidade foi feita para as pessoas morarem, viverem e, quando dá, para serem felizes.

Reparem no seguinte: a cidade é para pessoas e não coisas ou carros, e essas pessoas estão lá para tentar ser felizes, e não para correr de um lado para outro sem poder se apropriar da paisagem. Sim, porque se apropriar do território é algo que permite às pessoas criarem laços de pertencimento a comunidade e a localidade que são essenciais para que nos sintamos bem onde estamos e assim possamos tentar ser felizes, o que já não é tarefa das mais fáceis...
E isso cria um ciclo virtuoso, pois quando sentimos que um espaço é nosso (nossa casa, por exemplo) cuidamos mais dele, fazemos ele ficar mais agradável, ficamos mais felizes, e aumentamos nossos laços com esse espaço e cuidamos ainda mais dele...


Assim, para tornar nossa cidade mais agradável é imprescindível que nos apropriemos dos espaços urbanos, que não usemos as vias da cidade apenas como caminhos para nos levar do ponto A para o ponto B, mas que sintamos que o caminho é também uma extensão da nossa casa.


Para isso vale tudo: ficar na rua conversando sentado num muro ou num banco; andar de cabeça erguida e tranquilo pelas calçadas; comprar pãozinho sempre na mesma padoca; adotar uma árvore; se negar a jogar lixo na rua... e pintar as paredes do seu jeito só para ficar mais bacana!



É esse tipo de arte e intervenção urbana que o BluBlu faz.



Essas ações que tem um que de desobediência civil podem ter muitas mensagens diferentes, mas todas elas nos lembram uma outra coisa óbvia, mas igualmente necessária de se reafirmar:

É tudo nosso!!

obs: para quem gostou das imagens, muito mais aqui.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mais sobre "Ensaio sobre a cegueira"


O Uirá, companheiro de trincheira na batalha por uma vida menos ordinária, me arrumou essa crítica do filme "Ensaio sobre a cegueira", feita pelo ótimo Contardo Calligaris.

O que mais me chamou atenção no texto é o questionamento que ele faz: "Você, se, por uma misteriosa epidemia, o mundo ficar cego, se o reino da lei acabar e começar a idade da luta pela sobrevivência, de que lado estará? Do lado dos que inventarão novas formas de abusos ou dos que descobrirão novas formas de respeito e de vida comum? Uma vez perdida a visão, o que você enxergará no seu vizinho: mais uma mulher para estuprar e um otário para explorar ou um irmão, perdido que nem você?" Eu ainda acrescentaria outro na lista dos questionamentos importantes que o filme/livro sucita: se por um determinado momento ninguém pudesse ver o que você faz, como você reagiria? Com escolhas que consideram o bem estar alheio ou com desprezo aos outros frente a impossibilidade de punição ou julgamento externo?

O mais importante de tudo isso não é nem o grau de honestidade que você tem/pode ter ao responder essas questões. Mas sim, como você reage ao mundo que enxerga...

Por exemplo, quando escolhe sua profissão leva em consideração alguma forma de luta por uma vida menos ordinária, ou só se preocupa mesmo com o quanto de dinheiro e sucesso pode arrecadar?

Vale lembrar que o desprezo pelo outro que você eventualmente sente é o mesmo que os integrantes da ala 3 sentem, ou o ladrão que quer seu carro/tênis/dinheiro... É por isso que vale repetir a pergunta:

De que lado você samba?