Dando início a uma série de posts para discutir como viver melhor em nossas cidades, deixo para vocês esse vídeo feito pelo Marcelo Tas sobre a origem das cidades. Na verdade, trata-se de uma série de 4 vídeos bacanas sobre eleições. O primeiro é sobre as cidades em si, o segundo sobre a função de prefeito (muito legal, com uma entrevista com o síndico do Copan, o maior edifício do brasil, com 5 mil moradores), o terceiro sobre a função de vereador, e o quarto e último sobre como cuidar das cidades. Neste último, o urbanista entrevistado fala sobre o que será o assunto central das postagens sobre a cidade: a ridícula, insana e burra prioridade que damos para os auomóveis em nossa cidade. Para ver os outros vídeos é só clicar nos links, mas para ver todas as coisas legais que tem no blog do Tas, clique aqui.
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008
As cidades, suas funções e origens
Postado por
Tarso Loureiro
às
11:29
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segunda-feira, 23 de junho de 2008
100 anos de imigração japonesa 1

A história da ocupação nipônica no Brasil é, no entanto, relativamente recente e comemora nesse mês seu centenário.
Como sabemos, todo movimento migratório significativo apresenta fatores de repulsão e de atração. Ou seja, para compreendermos minimamente alguma movimento migratório precisamos saber por que as pessoas saíram de seus países ou regiões e por que migraram para seus destinos, e não outros.
De uma forma geral podemos dizer que há cem anos atrás o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um período de grande crescimento populacional e mecanização do campo, causando grande desemprego. Então, para suprir as necessidades de ambos países, foi selado um acordo diplomático entre os governos brasileiro e japonês (o documento original você lê aqui ).

100 anos de imigração japonesa 2

A primeira geração de imigrantes sofreu muito com as barreiras culturais (idioma, culinária, religião) e no geral tinham o sonho de enriquecer rapidamente e voltar para o Japão.
Além disso, como é comum entre (i)migrantes, os trabalhadores japoneses eram submetidos a
horas exaustivas de trabalho e a um salário baixíssimo com dois agraventes: o preço da passagem era descontado no salário; e tudo o que o imigrante consumia deveria ser comprado na mão do fazendeiro. Em pouco tempo as dívidas se tornavam quase impagáveis, e o sonho de uma volta à terra natal com os bolsos cheios virava pesadelo.

No entanto, assim como outros imigrantes, alguns japoneses conseguiram através de um sistema de parceria com o fazendeiro, comprar seus primeiros pedaços de terra. Tal ascenção social no Brasil resultou, para a grande maioria desses imigrantes, a permanência definitiva no Brasil.
O pior momento da relação entre os povos brasileiros e japoneses ainda estava por vir. Com a eclosão da II Guerra Mundial o sonho de voltar ao Japão foi sepultado quase que por todos os imigrantes. Como se não bastasse isso, o Brasil entrou na II Guerra ao lado dos Aliados e declarou guerra ao Japão e aos países do Eixo.
Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes (bem como os italianos e os alemães, as outras nações do Eixo). O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa, fechou escolas, e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.
100 anos de imigração japonesa 3


Como aconteceu com boa parte dos (i)migrantes que vieram para São Paulo, os japoneses tiveram sua mão-de-obra explorada, sofreram preconceito, mas com muita luta conseguiram prosperar e melhorar de vida. Ao trabalhar seja na agricultura, no comércio, na indústria ou nos serviços ocuparam vagas de trabalho que poderiam ser ocupadas por outras pessoas (brasileiros ou não). Acima de tudo, no entanto, ao trabalharem, se fixarem no Brasil e se transformarem em mercado consumidor foram (e são) fundamentais para nosso desenvolvimento econômico e identificação cultural. São Paulo não é São Paulo sem os japoneses. O Brasil não é Brasil sem os japoneses.
Arigatô!
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