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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Drogas e normalidade na atualidade

O tempo segue correndo e me abandonando, assim não tenho como manter o ritmo e a qualidade das postagens, além de não conseguir cumprir promessas como as postagens com os maravilhosos países criados pelos alunos do terceiro...

Nos últimos dias encontrei duas coisas que me fizeram pensar sobre a forma com que nossa sociedade impõe uma normalidade "feliz" e usa as drogas para isso (especialmente as legalizadas e "medicinais", é bom que se diga...).
A primeira foi essa tirinha do absurdamente sensacional Rafael Sica.


E a outra, que achei no Curto e Grosso, foi essa animação sobre como seria se o Calvin existisse na vida real. Tristemente verdadeiro.



Ainda para pensar nessa relação normalidade x imposição de felicidade x uso de drogas fica a recomendação do ótimo filme "Requiém para um sonho" do Darren Aronofsky.
Além, é claro do obrigatório "Admirável mundo novo" de Aldous Huxley.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Questiono, logo existo

Mais uma sexta-feira. Se para alguns isso é sinal de tempo para fazer as coisas, eu, infelizmente, não reparto desse delicioso sentimento. Semana de correria total sem perspectivas de melhora até, sei lá, julho do ano que vem...
Assim, para manter o mínimo de regularidade, sigo sampleando meus mestres e me aproveito mais uma vez do generoso arquivo do TKGEO.

A dica dada pelo companheiro de trincheira radicado na Alemanha é “O homem Urso”, documentário dirigido por Werner Herzog. Trata da empreitada de Timothy Treadwell, que ia para o Alasca no verão a fim de proteger e viver com os ursos, e acaba sendo comido por um após 13 anos de idas e vindas. É amigos, é Alasca não Animal Planet. Ou como ensinam Os Racionais: "Aqui é Capão Redondo, truta, não Pokémon".


Polêmicas a parte, o filme tem 3 pontos fundamentais. 1- O papel dos ecologistas e as formas de lutas; 2- A tênue diferença entre idealismo, loucura e inocência da parte de Timothy. Enquando ele falava para sua própria câmera, transparece uma candura poucas vezes vistas, parecia um anjo ensandecido, cheio de razão e intoxicado com doses cavalares de bondade. De fato, emocionante; 3- para quem gosta de cinema, vale a pena refletir em como o diretor conduz a imagem do Timothy, deixando o espectador sem saber se o cara é louco, idealista ou ingênuo.


A história de Timothy deixa alguns questionamentos. Certas perguntas são tão pertinentes que resistem ao tempo. "De onde viemos? para onde vamos?" e outras trancendentais são algumas delas. No entanto a que tem mais me atormentado (e parece que a banqueiros, especuladores e outras aves de rapina perdidas na crise financeira) ficou famosa há pouco mais de um século, no título de um livro de um homem que pretendia mudar o mundo e para isso adotou o codinome de Lenin.
Sua questão continua sem reposta e é repetida por vários companheiros de trincheira na luta por uma vida menos ordinária:

"O que fazer?"

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Quer participar de um filme que vai passar no cinema?

Sampleado do blog do Tas

É real moçada, não é brincadeira nem trote!

Tá no blog do Tas (o Marcelo Tas do CQC), para comprovar clique aqui.

A parada é a seguinte: Henrique Goldman, cineasta brasileiro radicado em Londres, está filmando a versão cinematográfica da vida de Jean Charles, o eletricista mineiro assassinado pela polícia no metrô inglês. Jean é interpredo pelo Selton Mello (foto).


A equipe está no interior de São Paulo, na cidade de Paulínia, pertinho da capital. No próximo sábado, tem cenas de multidão e o diretor manda o seguinte recado/convite:

"Queridos amigos, estou no Brasil, filmando o longametragem sobre o Jean Charles de Menezes, uma história comovente na qual tenho trabalhado ao longo de dois anos. precisamos de milhares de figurantes para a cena do velório do Jean Charles. A presença de vocês na nossa filmagem em Paulinia neste sabado dia 11 é fundamental e eu ficaria eternamente grato. Por favor divulguem - convidem amigos, familiares, curiosos e simpatizantes.

informaçoes abaixo.

beijos, Henrique.

Segue o mapa para quem vem de São Paulo no sábado, dia 11, para a Igreja São Pedro, no bairro Betel. Filmagem dia 11 de outubro – Igreja São Pedro – Betel

Sábado, dia 11, a partir das 14 horas na Igreja São Pedro, em Paulínia.

Para as pessoas que estão em São Paulo, o trajeto é: pegar Rodovia dos Bandeirantes (através da Marginal Tietê ou Pinheiros); entrar na Rodovia Anhanguera (placa Paulínia/Americana à direita da pista). Na Rodovia Anhanguera, entrar à direita na Rodovia Dom Pedro I, seguir sentido Paulínia (fazer a rotatória para Paulínia/Barão Geraldo), seguir em frente e entrar à direita no bairro Betel. A Igreja estará à direita na mesma rua.

Aqui, com o mapinha que mostra como chegar a Paulínia."


Eu não iria nem se pagassem os custos da viagem, mas para quem tem vontade de viver essa experiência, é uma ótima oportunidade.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mais sobre "Ensaio sobre a cegueira"


O Uirá, companheiro de trincheira na batalha por uma vida menos ordinária, me arrumou essa crítica do filme "Ensaio sobre a cegueira", feita pelo ótimo Contardo Calligaris.

O que mais me chamou atenção no texto é o questionamento que ele faz: "Você, se, por uma misteriosa epidemia, o mundo ficar cego, se o reino da lei acabar e começar a idade da luta pela sobrevivência, de que lado estará? Do lado dos que inventarão novas formas de abusos ou dos que descobrirão novas formas de respeito e de vida comum? Uma vez perdida a visão, o que você enxergará no seu vizinho: mais uma mulher para estuprar e um otário para explorar ou um irmão, perdido que nem você?" Eu ainda acrescentaria outro na lista dos questionamentos importantes que o filme/livro sucita: se por um determinado momento ninguém pudesse ver o que você faz, como você reagiria? Com escolhas que consideram o bem estar alheio ou com desprezo aos outros frente a impossibilidade de punição ou julgamento externo?

O mais importante de tudo isso não é nem o grau de honestidade que você tem/pode ter ao responder essas questões. Mas sim, como você reage ao mundo que enxerga...

Por exemplo, quando escolhe sua profissão leva em consideração alguma forma de luta por uma vida menos ordinária, ou só se preocupa mesmo com o quanto de dinheiro e sucesso pode arrecadar?

Vale lembrar que o desprezo pelo outro que você eventualmente sente é o mesmo que os integrantes da ala 3 sentem, ou o ladrão que quer seu carro/tênis/dinheiro... É por isso que vale repetir a pergunta:

De que lado você samba?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sobre homens, baratas e filmes imperdíveis...

Fui ver Ensaio sobre a Cegueira. Para quem já leu o livro o filme perde um pouco o impacto, mas não deixa de ser maravilhosamente perturbador. Assistam, ou se prefirirem, leiam o livro.

Vi numa entrevista que algum amigo do Fernando Meirelles ao ver o filme comentou a imensa semelhança que temos com as baratas. Como elas, somos capazes de nos adaptar a novas realidades quase que alheios a toda escalada de barbárie que vivemos. Ao ver a entrevista, lembrei do Kakfa (aproveitem queridos essa é preciosa: "A Metamorfose" do Kafka, na íntegra aqui.) e de seu Gregor Samsa que ao negar a virtude suprema de nossa sociedade capitalista-produtiva e recusar-se a trabalhar vira uma barata!

Lembrei também daquele vídeo do youtube, que eu reposto abaixo, em que o Meirelles mostra o filme para o Saramago pela primeira vez (aqui para a história contada pelo Meirelles desse episódio) e que eu me emociono toda vez que eu vejo... e morro de inveja dos dois...



Depois do filme, pensei que a luta por uma vida menos ordinária é árdua, ingrata às vezes, mas que por mais que as situações mudem, uma coisa não muda: as pessoas do bem não tem outra coisa a fazer a não ser resistir e lutar.
Morro de medo de "ficar cego" e ver a emboscada em que estamos metidos. Mas sei, sem falsa modéstia, que independente do mundo que vejo (procuro sempre ver coisas melhores para me dar ânimo), sambo do lado de gente como o Meirelles e o Saramago na luta por uma vida menos ordinária... E você, samba do lado de quem? Em que ala ficaria? Que sacrifícios está disposto(a) a fazer por um mundo melhor?

domingo, 20 de julho de 2008

Uma dica de férias: Anima Mundi 2008.

Quem está em São Paulo e tem um mínimo de fome de mundo não pode deixar de ir no AnimaMundi 2008, que tem sua versão paulistana na semana que vem (23 a 27 de julho; programação completa no www.animamundi.com.br)
O vídeo aí de cima é do grupo japonês Tochka, que faz animação com luz. Funciona assim: pessoas desenham no espaço com lanternas de luzes coloridas, os esboços luminosos são capturados por uma câmera fotográfica e depois transformados em animação.
Tem isso e muito mais. Vale a pena conferir.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ilha das Flores - ou somos todos livres?

O Curta "Ilha das Flores" é um clássico obrigatório.

A versão postada tem menos de 10 minutos. Eu me lembro do filme ter 12 ou 13, mas não sei se estou maluco ou houve edição.

O fato é que faz pensar no mundo em que vivemos e nos valores que damos às coisas e pessoas (as outras é claro, pois nós não comemos o resto dos porcos...)

Deixem de preguiça e assistam! É só clicar no play!

obs: e se já viu, reveja, quantas vezes vocã ouve as músicas que gosta?...