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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Exploração mineral e impacto ambiental

Todos queremos aproveitar as benesses do desenvolvimento, mas muitas vezes nos esquecemos que para chegar até nós as mercadorias e mesmo os serviços passam por um longo processo até serem disponibilizados para os consumidores.
Na nossa sociedade industrializada praticamente tudo o que consumimos usa algum tipo de recurso mineral, seja diretamente (num produto que tem algum recurso mineral) ou indiretamente (nas máquinas e ferramentas necessárias para a fabricação de tal mercadoria).

Para usar esses recursos minerais precisamos literalmente arrancá-los da Terra. As formas de escavação para retirada dos recursos minerais podem dividir-se em dois tipos principais: minas subterrâneas e minas a céu aberto.

A escolha do método de lavra depende em grande parte da localização e forma do depósito mineral, e a escolha do método leva em consideração a segurança e, lógico, o preço. A retirada do minério pode ser efetuada por meios mecânicos (por exemplo com escavadoras hidráulicas) ou com recurso a explosivos (na grande parte dos casos).
Atualmente, as ações para extração de um minério até ao seu processamento são sequenciais e podem ser resumidas da seguinte forma (no caso de desmonte com explosivos):
Perfuração – o minério é furado utilizando máquina de perfuração hidráulicas; a perfuração é executada com diâmetro, comprimento e distâncias entre furos previamente calculadas;
Desmonte – os furos previamente executados são preenchidos (ou carregados) com explosivo, procedendo-se então à detonação deste e consequente fragmentação do minério;
Remoção – o minério assim fragmentado é carregado em caminhões, trens ou outro meio de transporte, até a instalação de processamento, geralmente situada próximo da mina, para baratear o tranporte.

Às vezes, quando uma grande quantidade de minério é encontrada (principalmente se for algum mineral precioso), a sociedade (nós) passamos décadas explorando o mesmo local, escavando-os continuamente. Óbvio que com isso produzimos imensos buracos (que causam alterações ambientais bastante significativas, como é de se imaginar). Abaixo alguns dos maiores exemplos:

Buraco Kimberley, na África do Sul.

Essa é uma mina de diamantes desativada. É a maior escavação feita MANUALMENTE pelo homem. Tem mais de 1 Km de profundidade e rendeu mais de 3 TONELADAS de diamante!!


Mina Bingham Canyon, Utah, EUA.

Esta é supostamente a maior escavação feita pelo homem na Terra. A extração começou em 1863 e continua até hoje, o buraco continua aumentando constantemente. Seu tamanho atual é de 1,207 km e 4,023 km de diâmetro.


Mina Diavik, norte do Canadá. A primeira foto é no verão, a segunda no inverno, com tudo congelado.


A mina é tão grande e a área tão remota que possui o seu próprio aeroporto, com uma pista de decolagem grande o suficiente pra acomodar um boeing 737.


Mina Mirny, Siberia.



É maior mina de diamantes a céu aberto do mundo. Com 525 metros de profundidade, e um diâmetro de 1200 metros no topo, existe até mesmo uma zona onde não se pode voar, pois alguns helicópteros chegaram a ser sugados.
Para se ter uma idéia melhor do seu tamanho (e também a magnitude das outras escavações aí de cima) basta ver que na foto abaixo a seta vermelha indica a localização de uma enorme carreta...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Terremotos 1

Terremoto é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície do planeta, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, de atividades vulcânicas, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas.
A maior parte dos terremotos ocorrem nas fronteiras entre placas tectônicas, ou em falhas entre dois blocos rochosos. Abaixo a distribuição das placas no globo e a direção de seus movimentos.


Vale lembrar que a Terra sofre com milhares de pequenos abalos sísmicos por ano, mas só algumas dezenas são sentidos por nós.

Terremotos 2

As placas tectônicas são subdivisões da crosta terrestre que se movimentam de forma lenta e contínua sobre o manto, podem aproximar-se ou afastarem-se umas das outras provocando abalos na superfície como terremotos e atividades vulcânicas. Tais movimentos ocorrem pelo fato do interior terrestre ser bastante aquecido fazendo com que as correntes de convecção (correntes circuladas em grandes correntes) determinem a forma de seus movimentos, como mostra a figura a seguir.


Quando as correntes são convergentes elas se aproximam e se chocam sendo motivadas pela menor densidade das placas oceânicas em relação às placas continentais, sendo que a placa oceânica é engolida pela continental. As placas convergentes se colidam de forma que uma se coloca embaixo da outra e então retorna para a astenosfera (parte exterior do manto, logo abaixo da litosfera). As placas divergentes se afastam pela criação de uma nova crosta oceânica, pelo magma vindo do manto.


A maior parte dos terremotos ocorrem nas fronteiras entre placas tectônicas, ou em falhas entre dois blocos rochosos. O comprimento de uma falha pode variar de alguns centímetros até milhares de quilômetros, como é o caso da falha de San Andreas na Califórnia (na imagem ao lado vista aérea da falha de San Andreas, na planície de Carrizo). Foi nessa região que ocorreu o maior terremoto da história dos EUA, em 1906, em San Francisco, com magnitude estimada em 8,1 na escala Richter. Já o maior terremoto já registrado teve magnitude de 9,5 e foi registrado no Chile em 1960.

É nessa mesma falha que os americanos imaginam que poderá ocorrer um terremoto imenso, já previamente apelidado de Big One. Acredita-se também que a movimentação das placas tectônicas na região pode levar à separação de toda a península onde se situa a falha (veja figura abaixo), fazendo com que Los Angeles deixe de pertencer à area continental dos EUA.


Terremotos 3 - tremor em SP

Se, como vimos, terremotos são causados basicamente pela movimentação das placas tectônicas, e o Brasil está situado bem no meio de uma placa tectônica, como pode ter havido um terremoto em São Paulo esse ano?


Ocorre que os tremores podem ocorrer inclusive nas regiões denominadas "intraplacas", como é o caso brasileiro, situado no interior da Placa Sul-Americana. Nessas regiões, os tremores são mais suaves, menos intensos e dificilmente atingem 4,5 graus de magnitude.

Os tremores que ocorrem em nosso país decorrem da existência de falhas (pequenas rachaduras) causadas pelo desgaste da placa tectônica ou são reflexos de terremotos com epicentro em outros países da América Latina. Ou seja, no Brasil os abalos sísmicos têm características diferentes dos terremotos que ocorrem, por exemplo, no Japão, nos Estados Unidos, no Chile, ou na China. Nesses locais, existe o encontro de duas ou mais placas tectônicas - e as falhas existentes entre elas são, normalmente, os locais onde acontecem os terremotos mais intensos.


obs: o mais incrível desse terremoto foi a decepção de várias pessoas por não ter sentido nada, como se estar no meio de um terremoto fosse algo divertido...

Terremoto 4

E para quem ainda não se convenceu de como não é nada agradável vivenciar um terremoto, deixo esse vídeo da NatGeo. Nem é dos piores, mas dá para ter uma boa idéia de quão apavorante e perigosa deve ser essa experiência.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O tempo dos Homens e o tempo da Terra (ou tempo geológico)

Essa animação sensacional (acho que é alemã, mas não consegui decifrar) é ótima para pensarmos que tipo de sociedade estamos construindo, e também para entendermos de forma divertida o que é tempo geológico.
Reparem que as rochas mal conseguem ver os homens de tão rápido que eles passam, assim como os homens são incapazes de ver as rochas se moverem. O resultado disso? Só assistindo o filminho (uns 6 min.)...
Pensando bem, uma boa olhada em nossa volta é o suficiente para sabermos como o filme termina...