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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Para refletir sobre as campanhas publicitárias dos candidatos no Brasil

Sampleado na íntegra do blog do Tas

Por: Marcelo Tas

O blog da filha do McCain



Sim, ela é loira e inteligente. E também gordinha, sexy e sirigaita: uma espécie de Branca Gil norte-americana. Porque ela é Meghan, filha do "cumpanheiro" John McCain, candidato a presidente dos EUA. A mocinha está na estrada com o candidato desde o início da campanha. Junto com dois amigos, produz videos e textos para um blog de apoio a papai, evidentemente.


Alguns vídeos bem bizarros como o acima, que mostra ex-veteranos de guerra, hoje motociclistas que saúdam o candidato roncando os motores de suas possantes motobikes.Blogette é nome do blog e vale uma visita. Lá tem coisas que duvido você veria numa campanha brasileira, totalmente dominada por marketeiros e paranóia: como essa foto de mamãe McCain em roupão de banho vendo a filha blogar direto do quarto do hotel.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Presente de grego

Sampleado do Kibeloco

Enquanto isso, a globo.com, continua com suas "promoções" para atrair mais público ao portal...



Não obrigado, vou voltar para Uol...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Pimenta no dos outros é refresco...

Eu ia fazer uma longa postagem comentando sobre o poder das palavras, sobre como uma fazenda ocupada/invadida por sem-terra pode ser chamada de invasão por uns, e de ocupação por outros, de como isso demonstra um monte de posicionamentos políticos e intenções mal mascaradas. Mas achei tudo desnecessário, pois a frase e seu autor falam por si.


"Um agressão como essa a um país soberano em pleno séc. XXI um fato inaceitável!" (George W. Bush, sobre a invasão da Georgia pela Rússia)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Clima seco, poluição e a dúvida por hábito

Um dos meus maiores sonhos como professor é fazer com que os alunos adquiram o mais saudável dos hábitos humanos: a dúvida. Receber informações sem duvidar delas é abrir mão do que nos diferencia dos outros seres vivos: a capacidade de raciocinar, inferir, imaginar...

Nos últimos dias, a mídia tem abordado a questão do clima seco que lota os hospitais e incomoda um bocado de gente. Como bem observou o panóptico, absolutamente ninguém faz referência à relação entre clima seco e poluição, todos seguem (ainda sampleando o panóptico) a missa da toalha molhada.

Para uma abordagem mais profunda do tema e para estimular nossas dúvidas, reproduzo abaixo o referido post (original aqui).

"A missa da toalha molhada
Por panoptico.wordpress.com

Você vai dormir e parece que tem um gato peludo preso na garganta - e pior, querendo sair? Seu filho sofre com mais uma crise respiratória? O seu nariz sangrou esta tarde? Metade do pessoal do escritório não para de coçar os olhos?
É difícil ter a dimensão dos problemas numa cidade gigante e variada. Pois a imprensa está aí para isso, para dimensionar e noticiar em massa o que é de interesse público.
Os hospitais estão lotados de crianças que não conseguem respirar? A imprensa está sempre atenta e, claro, vai investigar, aprofundar, trazer o debate à tona.



É hora de discutir o clima insuportável? Claro. E o que vemos? A santa missa. Antigamente rezada anualmente, atualmente rezada trimestralmente, a pregação é fácil de decorar: “deixe uma bacia de água na sala, uma toalha úmida no quarto”.
É isso em todos, todos os meios de comunicação. Em todos os jornais, no maior do Brasil, no com mais classificados, no “mais antigo da cidade”, no “a serviço do Brasil”. Em todas as redes de televisão, na com maior audiência, na do bispo, na do baú.



Nas redações, o texto da toalha molhada deve ficar num arquivo chamado “modelo clima seco”, mas o G1 foi além e fez um especial, que como vemos acima, é uma jóia do jornalismo de e para a classe média motorizada: “No trânsito, não tem jeito. Se há poluição, é melhor fechar os vidros e ligar o ar-condicionado. A fumaça de carros e caminhões parados no trânsito causa mais irritações nas vias aéreas do que o ar-condicionado”
É o milagre da construção textual que isenta o leitor de culpa. Você está no trânsito poluindo e acabando com sua própria respiração, sente irritação, e qual é a recomendação do portal da Rede Globo: fechar os vidros e ligar o ar-condicionado. O ar público está ruim? Liga o ar-condicionado particular! É a privatização do oxigênio.

A Folha de S. Paulo também subiu um degrau na mesma escada. Dia desses, junto à tradicional reportagem “XY de umidade. Pendure toalha úmida” havia a foto de três surfistas à beira-mar e o texto recomendava a ida ao litoral, onde a umidade é maior. Beleza pura! Todo mundo para Santos (quer dizer, a Folha recomendava Guarujá)!
Será que a umidade depende exclusivamente das chuvas?
Será que foi sempre assim? Quando a cidade tinha ampla cobertura vegetal não chovia 30 dias as pessoas não conseguiam dormir? Quando o transporte motorizado individual não dominava todo o espaço público os narizes das crianças sangravam?
Será que o clima seco tem a ver com a poluição? Será que no interior de São Paulo e Centro-Oeste do país tem a ver com as queimadas das plantações do aclamado combustível “limpo”?
Nada disso é sequer mencionado. Afinal, para que serve um repórter? Para dizer que faz tantos dias que não chove? A cidade há semanas com um clima intolerável e quem trata do assunto na mídia? A garota do tempo!
As pediatrias com filas para inalação e a prefeitura faz o quê? Convoca os secretários para pensar num plano emergencial? Propõe restrições à emissão de poluentes? Não, ou omite-se - o site do Centro de gerenciamento de emergências de São Paulo, por exemplo, apenas informa a previsão do tempo. Ou faz coro com as recomendações médicas: pendurar toalha úmida na porta da sala.