Como conversamos brevemente em sala de aula, a crise econômica deflagrada nos EUA tem sua origem no que os economistas tem chamado de bolha imobiliária. Para visualizar o tamanho da bolha, basta observar o gráfico (sampleado do blog do Sérgio Dávila) abaixo que mostra o crescimento do preço das casas norte americanas.
Esses valores insamente inchados (até leigos como nós podemos somos capazes de estranhar que um imóvel se valorize tanto em 17 anos...) eram a garantia que os bancos pediam para conceder empréstimos aos cidadãos norte-americanos, que usavam esse dinheiro para comprar um monte de coisas, inclusive mais casas.
Não satisfeitos, esses bancos transformaram esses empréstimos em títulos recebíveis e passaram a negociá-los no mercado pelo valor de face. Um monte de bancos e investidores compraram esses papéis.
Ocorre que uma hora as pessoas perceberiam que os imóveis que garantiam aqueles primeiros empréstimos não valiam tanto, e simplesmente ninguém pagava seu "valor de mercado". Menor procura, queda de preços. Com os preços dos imóveis recuando (reparem que eles ainda encontram-se em patamares bem altos, equivalentes a 2005) os cidadãos que tinham empréstimos/hipotecas para pagar começaram a não ter mais condição de fazê-lo, e o que é pior, estavam comprando imóveis por um preço que ele não valia. Assim centenas de milhares de norte-americanos entregaram suas casas para os bancos (foram mais de 300.000 só em Agosto). Só que essas casas eram o que garantiam os títulos emitidos com um valor de face que não mais encontrava respaldo no mercado. Resultado: os bancos tinham emitido bilhões em títulos que eles também não tinham como pagar...
Para quem se interessa de fato pelo assunto:
Duas histórias inventadas ajudam a entender melhor essa situação. Essa é sobre um típico norte-americano que comprou uma casa e depois pegou um empréstimo no banco...
Essa outra (mais curtinha) está circulando pela Internet e é sobre um boteco que agiu como os bancos em questão.
Vale também ouvir esse podcast da Miriam Leitão comentando as razões da crise, na semana passada na CBN.
Esses valores insamente inchados (até leigos como nós podemos somos capazes de estranhar que um imóvel se valorize tanto em 17 anos...) eram a garantia que os bancos pediam para conceder empréstimos aos cidadãos norte-americanos, que usavam esse dinheiro para comprar um monte de coisas, inclusive mais casas.
Não satisfeitos, esses bancos transformaram esses empréstimos em títulos recebíveis e passaram a negociá-los no mercado pelo valor de face. Um monte de bancos e investidores compraram esses papéis.
Ocorre que uma hora as pessoas perceberiam que os imóveis que garantiam aqueles primeiros empréstimos não valiam tanto, e simplesmente ninguém pagava seu "valor de mercado". Menor procura, queda de preços. Com os preços dos imóveis recuando (reparem que eles ainda encontram-se em patamares bem altos, equivalentes a 2005) os cidadãos que tinham empréstimos/hipotecas para pagar começaram a não ter mais condição de fazê-lo, e o que é pior, estavam comprando imóveis por um preço que ele não valia. Assim centenas de milhares de norte-americanos entregaram suas casas para os bancos (foram mais de 300.000 só em Agosto). Só que essas casas eram o que garantiam os títulos emitidos com um valor de face que não mais encontrava respaldo no mercado. Resultado: os bancos tinham emitido bilhões em títulos que eles também não tinham como pagar...
Para quem se interessa de fato pelo assunto:
Duas histórias inventadas ajudam a entender melhor essa situação. Essa é sobre um típico norte-americano que comprou uma casa e depois pegou um empréstimo no banco...
Essa outra (mais curtinha) está circulando pela Internet e é sobre um boteco que agiu como os bancos em questão.
Vale também ouvir esse podcast da Miriam Leitão comentando as razões da crise, na semana passada na CBN.
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