quarta-feira, 25 de junho de 2008

(Neo)liberalismo, ongs e ação do Estado

A onda (neo)liberal que varreu o mundo a partir do final da década de 70, mas principalmente após a queda do muro de Berlim e do Consenso de Washington, fez com que os Estados diminuíssem seu tamanho e suas áreas de atuação. Segundo o credo liberal, quanto menos o Estado intervir na sociedade (e na economia mais especialmente) melhor. As pessoas livremente saberiam se organizar e resolver (a maior parte de) seus problemas. Em caso de necessidade, o Estado interviria. Para garantir a propriedade privada, a segurança dos cidadãos, e um ambiente econômico competitivo, por exemplo.

Nesse cenário, cresceram as atuações de organizações civis sem fins lucrativos, as chamadas Ong's. No Brasil, mas também em muitos países desenvolvidos, as Ong's são financiadas em grande parte pelo próprio Estado, que, "incapaz" de agir em determinadas áreas repassa dinheiro para que as Ong's realizem o que ele antes realizava ou deveria realizar a partir de uma perspectiva mais intervencionista, ou menos liberal. Isso, muitas vezes leva a situações onde o Estado não garante o que deveria garantir até seguindo o credo liberal (segurança dos cidadãos e do território, propriedade privada, etc.). Um bom exemplo é o que vem acontecendo na Amazônia onde as Ong's são muitas vezes mais presentes e atuantes do que o Estado (clique aqui para reportagem da Folha.)

Mas afinal, qual deveria ser o tamanho e o papel do Estado? A questão é controversa e são vocês, famintos de mundo que devem procurar suas respostas, mas uma boa análise sobre o tema é essa de Claus Offe numa entevista para a Veja, em 1998, que continua muito atual.

6 comentários:

S disse...

1° colocação: Tarso Loureiro usando o wikipedia como fonte???hehehe

2° colocação: "e são vocês, famintos de mundo que devem procurar suas respostas" , isso é que é conclusão!!!

Parabéns sor!O blog ta muito bom!!!Desculpe a demora pra comentar...hehehe

Anônimo disse...

Achei o blog muiiiito legal...principalmente porque é bem tricolor.haha
valeu sor pelas postagens da Nova Ordem Mundial!!

Tarso Loureiro disse...

Queridos, por partes:

1. que bom que gostaram, é pra isso mesmo que estou trabalhando.
2. nunca falei mal da wikipedia, pelo conntrário. só acho que é uma fonte que precisamos ter cuidado, como a folha, a veja, a uol, a britanica...
3. a conclusão é vcs quem devem tirar mesmo. a idéia é, e sempre foi lhes fornecer instrumentos para pensarem sozinhos...

Natália Pesciotta disse...

Oi, Tarso!
Ent�o, eu estava pensando: mesmo que, na pr�tica, determinado Estado "passe a bola" para ONGs, ele n�o pode "lavar as m�os" sem ter ao menos algum tipo de controle sobre elas, n�o � Porque vejo hoje, ainda mais perigosas do que institui�es despreparadas, as levianas. Talvez o maior exemplo seja a Cool Earth, que atua na Amaz�nia. Johan Eliasch, sueco co-presidente da ONG, � s�cio de uma madereira que derrubou 230 mil �rvores na pr�pria floresta. Sem falar que v�rias das ONGs que atuam na Amaz�nia recebem capital estrangeiro, como saber o interesse de quem defendem?
Acho que a CPI das ONGs, deflagrada no come�o do ano, pode ser mais um exemplo de que a quantidade de ONGs "do mal" n�o � pequena e que o Estado brasileiro est� tendo que correr atr�s.

Tarso Loureiro disse...

Nati, os mecanismos de controle são diversos e exigem. A questão é faz~e-los funcionar. Repare que muitas dessas ongs pilantras tem ligações com políticos, servem de cabide de emprego, plataforma eleitoral além da pura trambicagem que vc menciona.

ab.

Tarso Loureiro disse...

ops, os mecanismos EXISTEM, não exigem, embora eles tb façam suas exigências...