Assim, para manter o mínimo de regularidade, sigo sampleando meus mestres e me aproveito mais uma vez do generoso arquivo do TKGEO.
A dica dada pelo companheiro de trincheira radicado na Alemanha é “O homem Urso”, documentário dirigido por Werner Herzog. Trata da empreitada de Timothy Treadwell, que ia para o Alasca no verão a fim de proteger e viver com os ursos, e acaba sendo comido por um após 13 anos de idas e vindas. É amigos, é Alasca não Animal Planet. Ou como ensinam Os Racionais: "Aqui é Capão Redondo, truta, não Pokémon".

Polêmicas a parte, o filme tem 3 pontos fundamentais. 1- O papel dos ecologistas e as formas de lutas; 2- A tênue diferença entre idealismo, loucura e inocência da parte de Timothy. Enquando ele falava para sua própria câmera, transparece uma candura poucas vezes vistas, parecia um anjo ensandecido, cheio de razão e intoxicado com doses cavalares de bondade. De fato, emocionante; 3- para quem gosta de cinema, vale a pena refletir em como o diretor conduz a imagem do Timothy, deixando o espectador sem saber se o cara é louco, idealista ou ingênuo.

A história de Timothy deixa alguns questionamentos. Certas perguntas são tão pertinentes que resistem ao tempo. "De onde viemos? para onde vamos?" e outras trancendentais são algumas delas. No entanto a que tem mais me atormentado (e parece que a banqueiros, especuladores e outras aves de rapina perdidas na crise financeira) ficou famosa há pouco mais de um século, no título de um livro de um homem que pretendia mudar o mundo e para isso adotou o codinome de Lenin.
Sua questão continua sem reposta e é repetida por vários companheiros de trincheira na luta por uma vida menos ordinária:
"O que fazer?"
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